quinta-feira, 16 de agosto de 2007

AMBIENTE LEVADO A SERIO




Preservação da água, conservação do solo, reciclagem do lixo e cuidados com a saúde da população são iniciativas da Itaipu
Janeiro/2005
Edição 57
Os cuidados com o solo e a recuperação de áreasverdes garantem a qualidade do lago de Itaipu
O cuidado ambiental tem levado a Itaipu Binacional a adotar diversas iniciativas, não só na sua área específica de atuação, mas também junto à vizinhança da usina e do grande lago que a abastece.
Parcerias com as prefeituras ajudama preservar o meio ambiente
Uma das principais preocupações está em zelar pela sua matéria prima que é a água. Para preservá-la, a hidrelétrica mantém um programa de manejo de bacias hidrográficas, objetivando a diminuição da entrada de sedimentos e produtos químicos em seu reservatório. A preocupação com a qualidade da água levou a empresa a criar, em 1977, um programa permanente de monitoramento do Rio Paraná e seus afluentes, de onde vem a água que alimenta o Reservatório de Itaipu, formado em 1982.Os estudos demonstram que o ambiente aquático vem mantendo, nos últimos dez anos, as mesmas características físicas, químicas e biológicas, o que indica a boa qualidade da água. Os programas ambientais desenvolvidos por Itaipu ajudaram a preservar a biodiversidade aquática, garantindo os seus múltiplos usos, sem comprometer o funcionamento da usina. De acordo com informações da empresa, o trabalho de manutenção da qualidade da água, inclui atividades de conservação de solo, como a construção de murundus em curvas de nível, a adequação de estradas, a manutenção de abastecedouros comunitários, a reciclagem de embalagens de agro-tóxicos e o incentivo à prática do plantio direto, além do saneamento rural. Esses serviços são realizados em parceria com as prefeituras dos municípios lindeiros.As estradas rurais são readequadas e também são construídos abastecedouros comunitários com água para ser usada na pulverização de lavouras com defensivos agrícolas.Nos 16 municípios lindeiros funcionam 336 desses sistemas, beneficiando cerca de 3.360 agricultores. Além da captação da água, há uma área específica para lavagem do equipamento.
Uso racional do lago para gerar energia contribui para o meio ambiente
Os resíduos gerados são direcionados para uma fossa séptica, onde recebem uma grossa camada de carvão e calcário, que reduz os efeitos tóxicos dos produtos. As embalagens são lavadas três vezes e preparadas para a reciclagem. De acordo com as informações da Binacional, o governo do Estado deve construir uma usina onde as embalagens de vidro passarão por um processo de transformação a 1.600 graus centígrados. As embalagens de metal já são enviadas a metalúrgicas, originando novos produtos. Os materiais plásticos são devidamente processados para reutilização. Outra iniciativa importante é a destinação dos dejetos orgânicos, principalmente procedentes da suinocultura.
Quase todo o lixo da hidrelétrica é reaproveitado
Vinte e um espalhadores de adubo orgânico, equipamentos utilizados para coleta e destinação correta de toneladas de dejetos que, em vez de ir para os riachos que afluem ao reservatório, são usados como adubo nas lavouras, foram cedidos em comodato.Também o uso racional do reservatório para produção de energia elétrica, é fator que contribui para o meio ambiente. O aproveitamento é de 1 MW para cada 11 hectares inundados, um dos melhores índices do Brasil.
Itaipu desenvolveu um sistema de apoio aos agricultores para a irrigação de suas lavouras
Embora Itaipu seja a maior hidrelétrica do mundo, seu reservatório - conhecido como Lago de Itaipu - é apenas o sétimo em tamanho entre as usinas brasileiras. Esse paradoxo mostra a forma racional como se conseguiu aproveitar o potencial hídrico do Rio Paraná, inundando uma área relativamente pequena em comparação com o volume de energia produzido.O que chama a atenção é que quase todo o lixo da hidrelétrica é reaproveitado, tornando-se altamente valioso e disputado.O projeto de reaproveitamento de material reciclável da usina está conseguindo eliminar um problema antigo, tornando-se ao mesmo tempo auto-sustentável. A iniciativa prevê ações como a destinação adequada de produtos tóxicos como o óleo Askarel, as lâmpadas fluorescentes e outros resíduos não-recicláveis, usados na área industrial de Itaipu.Além disso, há um trabalho de conscientização dos empregados sobre a importância de separar o material reciclável do lixo comum - lição que a maioria acabou levando para dentro de casa.A saúde dos moradores que vivem na área de abrangência do reservatório é uma preocupação permanente de Itaipu. Para diminuir os riscos de contaminação por doenças infecciosas de origem ambiental, Itaipu mantém um convênio com a Fundação Nacional de Saúde (FNS). São monitoradas doenças como a malária, a dengue, a esquistossomose, a leptospirose, o tracoma, a filariose, a leishmaniose, a doença de Chagas e a cólera.O plantio direto também é incentivado por Itaipu aos produtores rurais porque representa o aumento da produtividade, com menor custo; proporciona o combate à erosão e redução dos riscos de contaminação da água, lagos e rios. Em Medianeira, a 65 quilômetros de Foz do Iguaçu, o uso do plantio direto e a rotação de culturas tornaram uma propriedade de 24 hectares uma referência para agricultores do mundo inteiro. A técnica do plantio direto permite aos agricultores cultivar as suas plantações em solo não revolvido e protegido por resíduos vegetais de culturas anteriores.
O plantio direto reduz riscos de contaminação da água do lago
O programa de incentivo ao plantio direto é desenvolvido na região dos municípios lindeiros pela Itaipu Binacional em parceria com o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), secretarias de agricultura e prefeituras locais. Para os técnicos de Itaipu, o sucesso da iniciativa tem relação direta entre organização e emprego adequado de tecnologia. A experiência vem sendo adotada na região em 19 unidades de teste e validação instaladas pela Itaipu e o Iapar nas terras de 12 produtores. A validação é feita sobre o ponto de vista econômico e ecológico.

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